FRS LANÇAM VÍDEO DA CULTURA DO COSMO
Artigo escrito por Luiz Rodrigues o autor
Em 2012 eu e meu irmão começamos a fazer rap. O objetivo? Falar da Cultura Racional dos livros Universo em Desencanto.
E lançamos o grupo Filhos do Racional Superior.
Nossa primeira música foi a Cultura do Cosmo. Na época não fizemos vídeo. Apenas hoje, oito anos depois, lançamos o vídeo.
Assistir vídeo:
Nossas músicas falam sobre o Universo em Desencanto, livro que contém uma mensagem dirigida à humanidade.
Mas muitas pessoas pensam que a Cultura Racional é uma seita ou religião.
“Ah, é aquela seita do Tim Maia?” Já ouvi isso de várias pessoas quando saio para divulgar a Cultura Racional.
E sobretudo depois do lançamento de Tim Maia – O Filme, muitas pessoas podem ter ficado com essa impressão: de que a Cultura Racional é seita ou religião.
Mas não é. Trata-se de uma cultura transcendental, e não religião.
Para deixar mais clara essa diferença entre cultura e religião, compartilho com vocês as palavras de Pierre Teilhard de Chardin (1881 – 1955), padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia.
“Religião não é apenas uma, são centenas. Espiritualidade é apenas uma.
Religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. Espiritualidade é para os que prestam atenção à sua voz interior.
Religião tem um conjunto de regras dogmáticas. Espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
Religião ameaça e amedronta. Espiritualidade lhe dá paz interior.
Religião fala de pecado e culpa. Espiritualidade lhe diz: “aprenda com os erros” (seus e, se possível, dos outros também).
Religião não é Deus. Espiritualidade é tudo e, portanto: é Deus.
Religião inventa. Espiritualidade (e a ciência) descobre.
Religião não indaga e nem questiona. Espiritualidade questiona tudo.
Religião é humana, é uma organização com regras. Espiritualidade é Divina, sem regras, e por isso mesmo liberta.
Religião é causa de divisão. Espiritualidade é causa de união.
Religião lhe busca para que acredite. No caso da espiritualidade, você tem que buscá-la.
Religião alimenta o ego. Espiritualidade nos conduz à transcendência.
Religião é adoração. Espiritualidade é meditação.
Religião sonha com a glória e com o paraíso. Espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
Religião vive no passado e no futuro. Espiritualidade vive somente no presente, no aqui e agora.
Religião segue os preceitos de um livro sagrado. Espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.”
E as palavras de Chardin encontram correspondência na opinião de Gaspar Rodrigues Pereira, professor de mecânica celeste da URFJ e UFF sobre o livro Universo em Desencanto.
Diz Gaspar:
O Livro Universo em Desencanto “apresenta uma supercosmologia, que parte da existência de um meta-universo-perfeito, a Planície Racional, de onde viemos e para onde retornaremos algum dia.
Explica e justifica a existência do universo perecível em que vivemos. Mostra o caminho a trilhar para atingir o reino do Absoluto, fazendo uso pleno da razão, o que se conseguirá uma vez alcançadas o estado de graça da Imunização Racional.
Nos quadros desta ciência superior são inseridas a explicação da origem da matéria, do desenvolvimento da vida e do fenômeno da consciência; introduzido o princípio da finalidade, da liberdade e da sobrevivência.
Mostra, ainda, ao desenvolver as suas teses, que não se trata de uma religião: não há uma dogmática imposta pela autoridade, de onde se deduziriam crenças e se estabeleceriam normas de conduta sujeitas a sanções inapeláveis.
Há, isso sim, uma percepção direta do infinito.
Distingue, o livro, a natureza invariante desse meta-universo, despido de aparências fugazes, caracterizando-o como entidade que “é” e não como entidade que “está sendo”, como no caso do nosso universo deformado da verdade contingente.
O leitor atento, persistente na reiteração da leitura, encontrará nas páginas deste livro as mais legítimas conquistas do pensamento filosófico e científico de todos os tempos, passando por Platão e terminando nas realizações científicas contemporâneas, que, diga-se de passagem, são uma vitória do platonismo.
Eis algumas correlações entre esse pensamento e o conteúdo do livro: Neste o homem é vinculado ao universo (sete sementes), o qual deverá findar-se com o retorno do último ser humano à sua base de origem, a Planície Racional.
Esse super subjetivismo encontra-se em Eddington e é abraçado, pode dizer-se, pelos matemáticos e físicos atuais, todos filiados ao platonismo.
Vê-se que o livro sustenta que a vida preexiste ao ser humano; que o corpo e espírito constituem uma unidade que permanecerá na outra vida, com nova natureza.
Esta unidade é sustentada por W. James e por B. Russel (neo-realismo). O livro introduz a diversificação da eternidade, decompondo-a segundo uma hierarquia.
Isso equivale à introdução da diversificação do infinito na ciência hodierna, feita por Georg Cantor com a sua fabulosa teoria do transfinito.
O livro faz uma crítica fundamentada à impotência da razão humana, condicionada pelas imperfeições inerentes ao nosso universo.
Essa insuficiência foi demonstrada pelos trabalhos notáveis de dois grandes vultos da ciência formal moderna, Kurt Godel e P. Cohen, quando provaram a existência dos indecidíveis.”
Fica aqui o convite para vocês que leram este texto se animarem a ler este livro, Universo em Desencanto, um conhecimento do princípio e fim do mundo ditado pelo Racional Superior que explica de onde todos vieram e para onde todos vão.
Como vieram e como vão.
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