Integrante da Cone Crew Diretoria é detido pela PM em cima do palco durante show
O rapper André da Cruz Teixeira Leite, conhecido como Cert, foi detido novamente na madrugada deste domingo (7), durante show da Cone Crew Diretoria. Desta vez, toda a banda foi acusada de apologia às drogas.
A operação aconteceu durante a 36ª edição da tradicional Festa do Tomate, em Paty do Alferes, interior do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa da Cone Crew, parte da plateia avisou a polícia sobre as letras de RAP que faziam apologia ao uso da maconha e então, soldados da Polícia Militar invadiram o palco e deram voz de prisão ao grupo, mas apenas Cert foi detido. O rapper foi encaminhado à 88ª Delegacia de Polícia, em Barra do Piraí, município próximo a Paty dos Alferes, e liberado ainda pela manhã.
Cert já teve problemas com a policia em fevereiro deste ano. Denunciado pela própria sogra por plantar maconha em casa, o rapper foi atuado por tráfico de drogas, ficou dois meses preso, liberado e atuado como usuário.
Em nota oficial, a banda exige liberdade de expressão e afirma que vão continuar lutando a favor da legalização da maconha.
Nota Oficial da Cone Crew Diretoria:
Nós da Cone Crew sempre defenderemos a liberdade de expressão.
Ontem, durante uma apresentação, fomos detidos simplesmente por não podermos nos expressar do jeito que queríamos e estamos acostumados a fazer. O setlist seguia normalmente, como feito nos 250 shows que a banda faz por ano, quando fomos surpreendidos na penúltima música.
Todos os integrantes receberam voz de prisão por apologia, mas apenas Cert foi preso e isso não tem nada a ver com o processo anterior, quando foi denunciado por tráfico, porém reconhecido como usuário na sentença.
Cert foi solto na manhã deste domingo (07). A Cone Crew exige liberdade de expressão, seja ela cultural ou de manifesto. Todos sabem que em nosso posicionamento nunca escondemos ser a favor da legalização da maconha, assim como ex-presidenciáveis também são.
Isso nos lembra o episódio da prisão do Planet Hemp, há 18 anos atrás. Nada mudou?