O movimento Hip hop da Capital irá invadir a Câmara Legislativa

Os Hip Hoppers de Brasília declarou guerra ao crack no Distrito Federal e no dia 22 de maio às 17 horas com o apoio da Deputada Liliane Roriz e dos Deputados Claudio Abrantes e Patrício, vão ocupar o pátio da Câmara Legislativa do DF para levar aos parlamentares o programa de enfrentamento ao Crack – HIP HOP CONTRA O CRACK, promovido pelas principais lideranças desse movimento no Distrito Federal.

O projeto HIP HOP CONTRA O CRACK concebido pela comunidade Hip hop da Capital, em parceria com o Instituto Caminho das Artes – ICA pretendem focar em ações sociais pontuais, para combater o consumo do crack, alertando a comunidade sobre a conseqüência do avanço cada vez maior dessa droga sobre a população. Além disso, o projeto procura mostrar que a responsabilidade coletiva no combate às drogas é um dos principais trunfos desse programa.

Os quase 100 milhões de acessos que as músicas dos 20 grupos brasilienses (Tropa de Elite, Tribo da Periferia, Viela 17, Guind’art 121, Cirurgia Moral, Voz sem Medo, Atitude Feminina, Comunicação Racial, Sobreviventes de Rua, Filosofia Negra, Liberdade Condicional, Vera Verônica, Pacificadores, Nego Dê, Diga how, Arsenal do Gueto, Rapadura, Renascer, entre outros)  que forma o projeto  HIP HOP CONTRA O CRACK, somados, têm postados na internet, pelo site do youtube, provam que o Movimento Hip Hop de Brasília é uma realidade além das fronteiras do Planalto Central. E como tal, se capacita como veículo formador de opinião para persuadir os jovens nesta luta contra a disseminação das drogas não só no DF, mas em todo o Brasil.

Os números mais recentes divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que até 1,8% dos brasileiros sejam usuários do crack. Cerca de quatro milhões de pessoas estariam reféns desta droga no Brasil. O poder destrutivo desta droga é superior ao da maioria das substâncias ilícitas, devido ao seu fácil acesso, baixo custo, alta letalidade e precocidade do primeiro uso, tornando um dos mais preocupantes problemas de saúde pública no mundo.

Devido o seu poder altamente viciante, estimulados pelo baixo custo, o Crack tem um mercado cativo nas áreas periféricas dos grandes centros urbanos do País, motivo pelo qual os hip hoppers de Brasília, em defesa da preservação da vida desses jovens em situação de vulnerabilidade social, lança esse programa em especial atenção a disseminação dessa droga nas áreas de risco do Distrito Federal.
Cumpre ressaltar que essa ação coincide com a tendência mundial de repensar a política de combate a droga. A repressão já provou não ser suficiente. Pior, custa caro aos contribuintes, discrimina os dependentes e ainda abastece a violência do tráfico.

Desta feita, os hoppers da Capital percebem que as estratégias de Segurança Pública no combate a expansão do crack deve antes de tudo estar interligadas em uma abordagem mais ampla, com foco no desafio sócio-cultural (inclusão social, reinserção e preservação da auto-estima do dependente) e na saúde pública.

Sendo assim, o projeto HIP HOP CONTRA O CRACK se concentra nas ações de prevenção ao consumo e a ocupação de espaços físicos, principalmente em áreas de riscos.

A idéia é precaver a iniciação precoce dos jovens desavisados. Portanto, o movimento Hip Hop pretende neste projeto, sobretudo, estimular a implementação de políticas publicas em defesa da vida, voltadas especialmente as comunidades periféricas e que compatibilizem as diferenças.

Ao mostrar esse comprometimento com a população periférica, o movimento Hip Hop pretende chamar a atenção das autoridades sobre o seu poder de transformação social. Na maioria dos casos, os líderes desses grupos são também representantes legítimos de suas comunidades, o que dá ao movimento a legitimidade para clamar pelas demandas de seus amigos, vizinhos, escolas, bairro e etc.
Pode-se afirmar que o hip hop tornou-se muito mais do que uma performance cultural, virou um meio político de viver, de se vestir e de clamar por espaço público e ações sociais. Seguramente, é o maior movimento cultural do nosso tempo. Indubitavelmente, sob a influência da música, da moda, das atitudes e do estilo da linguagem, o hip hop se transformou em uma rebelião poética das classes pobres, que usa a palavra, os sons das pickups, o swing do corpo e os desenhos e letras grafitadas como arsenal e armas desta revolução. O resultado está aí: uma produção além das fronteiras estéticas da cultura popular.

Portanto, apresentar os estilos, opções, nomes, arranjos, filosofias, poesias, por fim, a música de protesto na CASA DO POVO, é constatar que o movimento Hip Hop de Brasília mostrou a sua cara.

Serviço:

HIP HOP CONTRA O CRACK
DATA: DIAS 22 DE MAIO A PARTIR DAS 17h00
LOCAL: PÁTIO DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
PARTICIPAÇÃO: TROPA DE ELITE; TRIBO DA PERIFERIA; VIELA 17; GUIND’ART 121; CIRURGIA MORAL; VOZ SEM MEDO;  ATITUDE FEMININA; COMUNICAÇÃO RACIAL;  SOBREVIVENTES DE RUA; FILOSOFIA NEGRA; LIBERDADE CONDICIONAL; VERA VERÔNICA; PACIFICADORES; NEGO DÊ; JAMAIKA, GIBSON, ARSENAL DO GUETO, RAPADURA, DIGA HOW, AMEAÇA URBANA, RENASCER, entre outros… 

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