Download: MIXTAPE #QueAssimSejaRashid – @Rashid (2012)
O ano de 2011 foi muito importante para o rap nacional, com projeções na mídia de todo o Brasil, shows superlotados, novos artistas se destacaram, velhos artistas reapareceram e fortaleceram o discurso de que o rap não é moda, é compromisso, também pode ser diversão, mas que é fato: arrasta multidões de rebeldes com causa e é a verdadeira música popular brasileira.
Quem não gostava de rap, não teve mais como negar que o ritmo tomou conta da cena musical, alguns até passaram a gostar, que bom! E no mesmo ritmo 2012 começou. Para Rashid, o rapper de 24 anos criado no bairro Lauzane, zona norte de São Paulo, o ano não poderia começar melhor. Já estamos em março e o desejo de Rashid continua: ele espera que o caminho que ele e todos os artistas do hip hop trilharam tenha continuidade, luz e que se fortaleça. Que Assim Seja!
Por esses motivos o MC escolheu esse nome para sua mixtape lançada nesta quarta-feira 21. A música que dá nome ao disco com 20 faixas tem refrão de Flora Matos. “Já esperava essa parceria há um tempo. Mandei a música para a Flora e pedi que ela fizesse o refrão. Mas foi na frase que rimo na segunda parte que ela encontrou inspiração e entendeu a pegada e a energia que tem esse rap”, conta Rashid.
Mas esse é apenas o carro abre alas com a advertência “quando ouvir essa música não tente entender, só sinta!”. Os outros 19 raps, alguns inéditos e outras rimas já consagradas pelos fãs nos shows, mostram a evolução constante do flow e das rimas de Rashid, que homenageia até o pugilista Muhammad Ali em “Quando Éramos Reis”. As surpresas não param por aí. “Drama”, com participação de Ogi, e “Tudo ou Nada” estão entre as mais pesadas da mixtape.
As 20 faixas contam com produções de peso: Casp, Laudz, Skeeter, Caíque, Mr. Break, Hand, Renan Samam, A.G. Soares e o próprio Rashid, que assina as batidas de “Falou”, “Drama” e “Rolê de Kadet”. O artista passeia por caminhos diferentes ao longo da mixtape, explora rimas de amor, sem descartar a voz de protesto da periferia e não deixa de fora “Dama de Branco” e “Quando eu Morrer”, eleitas clássicas pelo público.